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 DVB: Os desenvolvimentos do padrão DVB

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Accosta-Josi

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MensagemAssunto: DVB: Os desenvolvimentos do padrão DVB   DVB: Os desenvolvimentos do padrão DVB Icon_minitimeQui 6 Jun - 14:23

DVB: Os recentes desenvolvimentos do padrão DVB

Norma DVB - S2

Essa norma é o mais recente desenvolvimento de codificação de canais e modulação, permitindo um acréscimo de 30% na capacidade de transporte de sinais em relação à tecnologia DVB-S, não podendo ser superada, tendo alcançado seu limite máximo teórico.

O DVB-S2 possibilita uma recepção mais robusta com a mesma eficiência de espectro. Utiliza qualquer característica de transponder de satélite, com larguras de banda desde 0,5 a 4,5 bits por unidade e relações de portadora/ruído de -2 dB a 16 dB, impulsionando a adoção da televisão digital em plataformas móveis, além de expandir o âmbito da distribuição em satélite por meio de métodos mais eficientes com alta definição.

Até 2009, o segmento de satélite deve movimentar US$ 1,3 bilhão anuais com a produção e comercialização de equipamentos nessa nova tecnologia expandida. O novo padrão para transmissão digital de televisão via satélite deverá ser rapidamente adotado mundialmente, como aconteceu com a norma DVB-S original.

O DVB-S2 é baseado na tecnologia DVB-S para ampliar a flexibilidade e melhorar o desempenho nos serviços oferecidos, mesmo com os satélites já existentes. Os operadores de satélite consideram o sistema DVB-S2 bastante adequado para as operações DTH (direct-to-home), acomodando novas capacidades de serviços de dados em banda larga por satélite.

Nos próximos 24 meses, mais de 70% dos fabricantes e integradores de sistemas lançarão produtos DVB-S2 para aplicações broadcast, serviços interativos e aplicações profissionais. Entre eles estão a distribuição de serviços HDTV e novos serviços unicasting baseados em IP.

A norma DVB-S2 não está limitada à codificação MPEG-2 para vídeo e áudio, acomodando uma variedade de codecs otimizados, como MPEG-4 e diversos novos codecs HDTV. Sua flexibilidade permite acomodar diferentes formatos de stream, incluindo fluxos contínuos, fluxos MPEG múltiplos, IP e ATM, além de cobrir a utilização de esquemas de codificação mais eficientes que venham a surgir, sem necessidade de alterar a especificação.

Recepção móvel (DVB-T Dual Diversity e DVB-H)

Recepção em movimento é algo que as modernas redes de televisão pretendem usar para competir com a TV paga e, assim, atrair os telespectadores por meio da recepção de programas de TV durante o deslocamento.

Basicamente, o DVB-T com modulação COFDM e 2000 portadoras, tem melhor desempenho em alta velocidade do que a versão com 8000 portadoras usada na recepção fixa. O primeiro sistema já foi implantado em Cingapura para prover os serviços móveis em meios de transporte rápido.

Em vários países utiliza-se o DVB-T com 8000 portadoras, ideal para aplicações em residências provendo serviços em veículos com velocidades até 170km/hora. Para meios de transporte com velocidades até 720km/hora são utilizados receptores similares aos domésticos na versão Dual Diversity que permitem ótima recepção dos programas feitos para a TV fixa.

O receptor Dual Diversity têm duas antenas, dois sintonizadores e um combinador, melhorando o desempenho em 9 dB em velocidade ou em rejeição ao ruído impulsivo.

A recepção móvel DVB-T é um marco nas atividades relacionadas com a convergência da TV digital com os sistemas móveis de segunda e terceira geração (GSM, GPRS, EDGE e UMTS). As sinergias técnicas e comerciais entre as duas tecnologias se traduzem em oportunidades de êxito de novos serviços em aparelhos móveis multimídia.

A convergência com os dispositivos móveis (DVB-H)

A norma DVB-H (handheld), recentemente desenvolvida, foi desenhada para coexistir com o DVB-T (terrestre), seu objetivo principal e a recepção de serviços por telefones móveis e PDAs ( Personal Digital Assistant).

Uma das maiores barreiras para o desenvolvimento do DVB no handheld era a carga limitada das baterias, devido ao alto consumo de potencia, mas essa característica foi superada com a utilização do sistema único de comutação dinâmica de serviço e a nova tecnologia AVC (compressão de áudio e vídeo). A meta é um consumo inferior a 100mW e uma taxa de dados de 15 Mbit/s. As técnicas usadas no DVB-H incluem Time slicing para economia de energia, MPE-FEC para desempenho (memória de recursos para time slicing) e extended TPS bits para sinalização eficiente.

A norma DVB-H tem tido enorme aceitação e importantes fabricantes têm investido no desenvolvimento de modelos de receptores. Segundo analistas de mercado, as vendas alcançarão 100 milhões de receptores em 2007 e 300 milhões em 2009.

Testes com serviços DVB-H foram conduzidos na Finlândia, Alemanha, Espanha e EUA, permitindo determinar a aplicabilidade dos equipamentos de rede e terminais, assim como experimentar a receptividade dos consumidores em relação aos serviços. Entre as principais aplicações consideradas estão serviços de informação e entretenimento, como jogos, B2B, telemática e serviços de assinatura de programas de televisão através de celulares.

Plataforma Global de interatividade - MHP

Uma norma capaz de integrar as plataformas de interatividade existentes em todo o mundo é a norma expandida do DVB/MHP - Multimidia Home Platform, o GEM ou Globally Executable MHP. Por ser aberta, é adotada mundialmente como padrão de televisão interativa.

A especificação GEM estabelece as APIs, protocolos e formatos de conteúdos que devem ser considerados para a televisão interativa, com interoperabilidade para aplicações MHP. Por outro lado, a especificação GEM, vem proporcionar uma forma de assegurar que as aplicações desenvolvidas em MHP possam ser transportadas em redes que não sejam DVB. Nos países onde o DVB não foi adotado, não existe um padrão completo MHP, nem a possibilidade de implementar algo semelhante.

Essa especificação garante a interoperabilidade ao combinar um conjunto de instruções MHP sobre GEM com as especificações apropriadas para outras entidades poderem produzir um receptor GEM.

O processo foi consolidado em abril de 2004, com a publicação da especificação ACAP (Associação dos provedores de serviços de TV paga a cabo) como uma norma adotada pelo padrão ATSC nos EUA, completando assim a conversão da única tecnologia sem uma API de suporte MHP. Atualmente, as especificações ACAP e OCAP (Open Cable Application Platform) derivam do DVB-MHP por implementações de receptores a cabo e televisão terrestre nos EUA como plataforma comum de TV Interativa.

Os operadores de satélite também têm demonstrado interesse em associar-se à iniciativa ACAP, abandonando progressivamente a dependência de sistemas middleware proprietários.

Ao desenvolver a especificação GEM, o projeto DVB viabilizou uma forma de permitir que as entidades possam aceitar conteúdos MHP fora das redes DVB. A especificação ACAP adotada no padrão ATSC baseia-se no mesmo conjunto de ferramentas Java API e no modelo de aplicações encontrado no MHP, com pequenas diferenças.

Em janeiro de 2002, o ISDB, padrão Japonês que utilizava a norma ARIB B23, definida pela ARIB (Associação dos fabricantes de equipamentos de consumo e TV do Japão), visando a harmonização de sua plataforma com o MHP acionou o GEM à especificação ARIB original, permitindo a compatibilidade com aplicações MHP.

Áudio e Vídeo avançado no DVB-H

O DVB finalizou uma série de diretrizes para a implementação da família de padrões de compressão MPEG-4 para uso em seus dispositivos de última geração. O DVB está considerando os seguintes padrões MPEG-4:
Áudio: MPEG-4 high efficiency AAC publicado como ISO/IEC 14496-3:2001/AM1;
Vídeo: H.264/AVC Publicado como ISO/IEC 14496-10 e ITU-T H.264 Systems; e
Sistemas para H.264/AVC sobre TS ISO/IEC 13818-1/2000/FDAM-3 e SMPTE VC-9: Windows Media 9 Series Vídeo.

Figura 3: Codificação - Evolução ou revolução.

As figuras 4 e 5 apresentam comparativamente tramas de uma mesma foto utilizando alguns desses protocolos de compressão onde se pode constatar a diferença de qualidade.


Figura 4: MPEG-4 parte 2 x JVT, ambos em 32Kbit/s.


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